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Na porta do Olimpo
Érica Redling foi a única de três irmãs a emplacar como modelo, já desfilou para Jean-Paul Gaultier e brilhou na capa da última Elle francesa de 1999 [/FONT]
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Alessandra Nalio [/FONT]
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Foto: Edu Lopes[/FONT]
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Era outubro de 1999 em Paris e fazia frio. A modelo paulistana Érica Redling, 17 anos, estava há dois meses na capital francesa na tentativa de entrar no fechado circuito da moda internacional. Já havia desfilado para o estilista Jean-Paul Gaultier e também participado de editoriais de moda. Mas nesse dia, ela faria fotos para a capa de uma importante revista francesa. "Não esperava muito, pois já havia feito fotos para capas que não foram aprovadas", lembra. Dois meses depois, qual não foi sua surpresa quando seus agentes internacionais ligaram para contar a novidade: ela era a escolhida para a capa da edição de dezembro da Elle francesa, a última edição antes da virada de 2000. "Na mesma hora, corri até uma banca. Minha mãe ficou supe- rorgulhosa", conta. O feito de Érica é singular. Em geral, modelos estreantes demoram um ano ou mais para emplacar uma capa internacional. [/FONT]
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Com 1,73m, 54 quilos e olhos azuis, Érica é a aposta deste ano da agência Elite. "Ela tem tudo para chegar aonde Gisele Bündchen chegou. Em todos os trabalhos, surpreendeu a agência", diz Liliana Gomes, diretora de New Faces (novos rostos) da Elite. "É determinada e cava seu espaço. Este ano é decisivo para sua carreira e a agência planeja uma estratégia." Aos 15 anos, Érica participou do concurso Dakota Elite Model Look, em 1998, e apesar de não ficar entre as cinco primeiras colocadas, foi convidada a mudar-se para Nova York e depois ir para Paris. "Não sabia nada de inglês e tinha medo de me perder", conta ela, que nunca havia saído de São Paulo.[/FONT]
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Filha do vendedor Wagner Redling e da dona de casa Suzana, Érica nasceu numa família de seis irmãos - Fábio, 24 anos, Daniel, 22, Cibele, 20, Karina, 18, e Gabriel, 9. Quando criança, divertia-se com os irmãos e os vizinhos numa praça, em frente a sua casa, em Guarulhos, na Grande São Paulo. Uma vez, brincando de desfilar, foi eleita pelos garotos a mais bonita da rua, mas abdicou do título e deu a faixa que ganhara, após a reação de uma amiga que chorava copiosamente. "Ela se enfiou embaixo da mesa e ficou triste porque não ganhou. Me senti mal", diz Érica, que mais tarde viveria uma situação parecida e mais dolorosa. [/FONT]
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Na primeira eliminatória do concurso Elite Model Look, ela e as duas irmãs desfilaram juntas. A irmã Karina foi desclassificada e Érica passou. Em vez de vibrar, chorou mais de dez minutos ao sentir o desapontamento da irmã que estava fora. "Queria que você ganhasse comigo", soluçava, abraçada a Karina nos bastidores da passarela. Fora exatamente Karina quem tinha sido abordada, em um ponto de ônibus em Moema, na zona sul de São Paulo, por um caça-talentos da Elite. Empolgada, a irmã de Érica ligou para agência e disse que tinha mais duas irmãs igualmente bonitas e altas. Na etapa seguinte do concurso, foi a vez da outra irmã, Cibele, ser eliminada. "Pensei em desistir, mas depois vi que era uma chance que não poderia perder", diz Érica, que lembra do dia em que se apresentou com as irmãs na agência. "Enchemos a cara de pó porque estávamos cheias de espinhas", conta. Nas vésperas da primeira eliminatória, o clima era de euforia. Apelidadas de "Trio Maravilha", Érica, Karina e Cibele faziam planos enquanto lambuzavam o rosto com máscara de gengibre anti-espinha, feita pela mãe. Sem dinheiro para contratar fotógrafo, o irmão Daniel tirou as fotos para a inscrição.[/FONT]
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As irmãs seguiram outro rumo. Depois do drama de ter ficado viúva, Cibele voltou a morar na casa dos pais com o filho, Andrew, 3 anos, e hoje trabalha com promoção de eventos. Karina é vendedora numa loja de roupas num shopping center e à noite faz curso de cabeleireira. "No final, elas ficaram bem. A Karina não tem a menor paciência para fazer testes e esperar horas", diz a mãe, Suzana, que no passado recusou a chance de brilhar na moda. Aos 20 anos, foi modelo de uma confecção por um mês de férias. "Ganhava bem, mas preferi meu emprego de secretária", conta.[/FONT]
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javascript:abreform()Com o dinheiro que já ganhou, Érica comprou um Fiat Uno para a família. "Sonho dar uma casa para meus pais", diz. Eles moram numa casa simples e alugada no bairro do Planalto Paulista, zona sul paulistana. Este mês, Érica participa da seleção para o MorumbiFashion, de 27 a 31 de janeiro. "Se pegar muitos trabalhos, ótimo. Se não, aparecerão outros", diz. Com pelo menos cinco pedidos diários de desfiles, Érica terá muito trabalho e sucesso pela frente.[/FONT]
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